SUA MENTALIDADE DEFINE SEUS RESULTADOS

 


Autoconhecimento é fundamental para a expressão plena das capacidades humanas. Infelizmente, o indivíduo aprendeu que os acontecimentos externos ocorrem, normalmente, por fatores alheios a sua vontade. Esse pensamento enfraquece sua capacidade de produzir mudanças na vida.

Ele ainda não percebeu, por falta de autoconhecimento, que a realidade externa tem forte relação com a realidade interna, ou seja, seus pensamentos e sentimentos produzem suas experiências, boas ou não. Hoje se fala muito sobre o “mindset”, mentalidade, entretanto, de modo muito superficial.

Para resolver os problemas, a investigação psicológica começa pela área da vida onde existe o descontentamento, por exemplo, relacionamentos. Duas situações frequentes são avaliadas neste contexto. A primeira, uma mulher que já se relaciona com um homem e sofre. A segunda, o sofrimento existe pela falta de um parceiro do  sexo masculino.

Por lógica, a insatisfação dá notícias de problemas na mentalidade que dificulta conquistar um relacionamento afetivo saudável e harmônico. Qual padrão de pensamento frequente neste caso? Normalmente, a mulher pensa: “homem não é confiável”, “não quer nada sério”, “dominam as mulheres”, “é difícil dar certo”. E muitos outros pensamentos e sentimentos que produzem a estrutura mental incoerente com os objetivos desejados.  

O mesmo raciocínio se aplica aos bons resultados. Alguém satisfeito na vida afetiva, conjugal, e isto não quer dizer sem problemas, mas onde prevalece amor, sintonia, cuidado, companheirismo tem um “mindset” mais alinhado com seus objetivos: “a vida afetiva é importante”, “é possível um casamento feliz”, “homens e mulheres não são inimigos,  cada sexo tem suas qualidades e juntos vivem bem.

A prática clínica comprova com facilidade esta relação entre mentalidade e resultados.

Quem pensa que toda adolescência é problemática pela observação de seus irmãos somados aos condicionamentos culturais através de filmes, novelas, vivenciará a própria do mesmo modo, mais conflitante. Quem associa envelhecer com adoecer tem uma saúde mais frágil e adoece com mais frequência, a situação se agrava quando se une a grupo de pessoas que pensam do mesmo modo essa fase da vida, se reforçam mutuamente.

Do mesmo modo, quem não confia em ninguém, terá relacionamentos que apenas confirmam que a lealdade não existe. Pessoas que sempre enfatizam que: “a vida é luta”, “precisa matar um leão por dia”, “vamos para a batalha” têm uma mentalidade focada em dor, sacrifício e muita dificuldade. A realidade externa, os fatos acontecem em sintonia com sua percepção seletiva para a dificuldade.

Outro “mindset” muito disfuncional inclui os entraves mentais de prosperidade em relação ao dinheiro. Na investigação desta mentalidade os bloqueios são inúmeros: a pessoa associa ganhar mais dinheiro, com pagar mais impostos, “dinheiro é feito para gastar tudo”, “ganhar dinheiro apenas para pagar contas já é suficiente” e muito, muito mais pensamentos e sentimentos disfuncionais inconscientes que produzem uma vida financeira estagnada. Diante destes resultados, culpa o mercado, a crise, a idade, e muitas causas EXTERNAS para justificar os péssimos resultados.  

A boa notícia é que mentalidade sobre qualquer área da vida tem plasticidade, ou seja, pode ser modificada. Não de modo tão simplista como propagam os vídeos no “You Tube” porque a mentalidade foi construída através de experiências normalmente vivenciadas na infância.

Concluindo, os resultados satisfatórios ou insatisfatórios na vida afetiva, relacionamentos, saúde, sexual, financeira e em todos os aspectos têm relação direta com a mentalidade construída pelas experiências e também reforçada pela cultura através da escola, filmes, novelas, séries e outros. Para localizar a mentalidade disfuncional há um indicativo importante, os resultados: “Em qual área da vida estou insatisfeito?” Certamente, o modo de pensar e sentir sobre o assunto precisa de mudanças. Esse é o ponto de partida para o autoconhecimento rumo à conquista dos resultados desejados.


Adriana Alves de Lima
Psicóloga